quarta-feira, 8 de maio de 2013

Patrimônio brasileiro - Natural


Patrimônio brasileiro - Natural

O Patrimônio Natural de um país reúne áreas de importância preservacionista e histórica. São áreas que transmitem a importância do ambiente natural para que possamos lembrar do passado, de onde viemos, o que estamos fazendo com o ambiente e para onde vamos.
Fazem parte do Patrimônio Natural formações geológicas e regiões que constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação.
No Brasil, existem sete sítios do Patrimônio Mundial Natural. Além de benefícios à natureza, os territórios geram lucros com a exploração e desenvolvimento do ecoturismo.
São sítios do Patrimônio Mundial Natural no Brasil:

Parque Nacional do Iguaçu

Com uma área de mais de 185 mil hectares, o Parque Nacional do Iguaçu está localizado no extremo oeste do Paraná, em Foz do Iguaçu. É uma das maiores reservas florestais da América do Sul. Abriga importante patrimônio genético de espécies animais e vegetais e abrange as Cataratas do Iguaçu, com quedas d’água de até 72 metros de altura.

Costa do Descobrimento Reservas de Mata Atlântica

A Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais ameaçadas do planeta e as maiores regiões contínuas estão na Costa do Descobrimento. São oito reservas naturais, localizadas no sul da Bahia e norte do Espírito Santo.

Mata Atlântica Reservas do Sudeste

As Reservas de Mata Atlântica do Sudeste estão localizadas entre os estados de São Paulo e Paraná. Incluem a cadeia de montanhas ao longo de áreas costeiras que abrangem os 17 municípios do Vale do rio Ribeira de Iguape. São 470 mil hectares de riqueza biológica e evolução histórica do Bioma, além das belas paisagens.

Área de Conservação do Pantanal

Formada pelo Parque Nacional do Pantanal e pelas Reservas Particulares do Patrimônio Natural de Acurizal, Penha e Dorochê, está localizada entre o Sudoeste do Mato Grosso e noroeste do Mato Grosso do Sul. Com 187 mil hectares, abriga centenas de espécies ameaçadas. É a única região do pantanal que permanece parcialmente inundada, o que garante fornecimento de água à fauna local.

Complexo de Conservação da Amazônia Central

Maior região de floresta tropical protegida do mundo, é composto pela Estação Ecológica Anavilhanas (um dos maiores complexos fluviais do mundo), pelas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Amaña e Mamirauá, e pelo Parque Nacional do Jaú, segundo maior do Brasil.

Ilhas Atlânticas Brasileiras: Fernando de Noronha e Atol das Rocas

O arquipélago de Fernando de Noronha, Pernambuco, é composto por 21 ilhas, rochedos e ilhotas. Abriga uma das maiores colônias reprodutivas de aves marinhas e de variadas e exóticas espécies de peixes, esponjas, algas, moluscos e corais. O Atol das Rocas fica a 144 milhas náuticas de Natal, no Rio Grande do Norte. Único atol no Atlântico Sul, é a primeira reserva biológica marinha do Brasil e abrange duas ilhas - a do Farol e a do Cemitério. Cerca de 150 mil aves vivem no local, entre espécies reprodutoras, forrageadoras, migratórias e visitantes esporádicas.

Parques Nacionais Chapada dos Veadeiros e Emas

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é uma área de preservação de cerrado de altitude localizada na Chapada dos Veadeiros, região Nordeste do estado de Goiás, no Centro-Oeste do Brasil. Foi criado, em 1961, pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, com o nome de Parque Nacional do Tocantins.
Em dezembro de 2001 foi reconhecido como Patrimônio Natural Mundial da Humanidade pela Unesco. Entre as espécies da fauna que habitam o parque, cerca de cinquenta são classificadas como raras, endêmicas ou sob risco de extinção na área.
Fontes:
Unesco

Teatro


Teatro

Artes cênicas
Artes cênicas são as manifestações artísticas que envolvem corpo, cenário e presença dos atores e espectadores no mesmo ambiente: teatro, circo, dança e performance. O Brasil tem particularidades importantes em cada uma dessas artes, desenvolvidas a partir da mistura profunda entre as estéticas latino-americanas e a importação de formatos consagrados nos países desenvolvidos desde a colonização – musicais, grandes espetáculos, dramas burgueses.
Christian Knepper/EmbraturPalco com diversos bonecos do Encontro Internacional de Teatro de Bonecos no Teatro do Parque OlindaAmpliar
  • Palco com diversos bonecos do Encontro Internacional de Teatro de Bonecos no Teatro do Parque Olinda
O teatro brasileiro surgiu justamente com a colonização de Portugal. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, baseada nas histórias da Bíblia. Nessa época, o maior autor teatral era Padre Anchieta.
Com a vinda da família real para o Brasil, em 1808, as companhias teatrais, de canto e bailado ganharam espaço e conquistaram o público nacional. A primeira considerada brasileira estreou em 1833, em Niterói (RJ), dirigida por João Caetano. Da Independência, em 1822, vem a exaltação nacional e o gênero presente até hoje nos palcos brasileiros – a comédia de costumes. Martins Pena, autor de diversas delas, é considerado o verdadeiro fundador do teatro nacional, com 28 peças.
Só no século 20, o teatro brasileiro deu o grito de liberdade. Enquanto a ditadura Vargas (1937-1945) procurava silenciar o teatro, a ideologia mantinha-se ativa pelo popular teatro de revista. Surgem as primeiras companhias estáveis do País, como nomes como Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo e Eva Tudor.
A construção ideológica que culminaria na Semana de Arte Moderna de 1922 também surgia, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald de Andrade, que escreveu “O Rei da Vela” (1933). Em 1938, Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil.
Dez anos depois, surge o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), uma companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnica e repertório. Em 1957, surge como resistência o Teatro de Arena de São Paulo. Em 1958, no mesmo movimento, é fundado o Teatro Oficina.
Os dois se tornariam celeiros do movimento teatral que nos anos 50 e 60 (e a partir de 1968 principalmente, quando foi fechado pelo governo militar) faria despontar grandes personalidades do mundo artístico a partir de então: Nelson Rodrigues, Gianfrancesco Guarnieri, Vianinha, José Renato, Miriam Mehler, Chico Buarque, José Celso Martinez Correa, Antunes Filho, entre muitos outros.
Hoje, é possível dividir em duas grandes frentes a produção teatral brasileira: os teatros de grupo, lutando por leis de incentivo, engajados politicamente, com trabalhos autorais, e o teatro comercial, que lota salas de espetáculo com o intuito de divertir com argumentos muito parecidos com os da televisão.
Não à toa, há diversos festivais em que as companhias podem mostrar seus trabalhos. Os principais são o Festival de Londrina (Filo), Porto Alegre em Cena, o Festival de Cutiriba e o Festival Internacional de São José do Rio Preto (FIT).
Na outra ponta da cadeia, o público de teatro também tem crescido nos principais centros urbanos do País, principalmente no eixo Rio-São Paulo, que concentra 685 salas de teatro. Um dos fatores é o preço. Entre 2010 e 2011, a média do valor dos ingressos caiu nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo a Fundação Getulio Vargas. O recuo em 12 meses foi de 9,58% na capital paulista e de 5,6% na capital fluminense.
No Rio de Janeiro, de acordo com a Associação de Produtores de Teatro (APTR), estrearam com verba pública, 101 novas peças em 2011, o que acirrou a disputa por pauta em salas de teatro. Em São Paulo, de acordo com a Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado (Apetesp), são cerca de 650 espetáculos em cartaz por ano na cidade.